sábado, 19 de abril de 2008

E agora?


Todo o tempo que passou

Não foi suficiente para me levantar

Para juntar os pedaços e recomeçar

Quanto tempo ainda vai levar?

Estive pensando em desaparecer

Mas a grande barreira do vazio me fez lembrar que não tenho lugar para ir

E agora? Estou diante de mim mesmo, como se eu estivesse em frente a um espelho

Confesso que tenho medo de me conhecer

Não sei dos meus medos, gostos, direções...

Deu muita vontade de gritar

Ainda tenho vontade de gritar até minha voz sumir...

Sumir pelo excesso, sumir no meu vazio e, sem direito a eco...

Mas o meu grito não ultrapassa minhas cordas vocais...

Ficou sufocado em minha caixa de cristal, que é a minha mente

Onde meu espírito tem sido mantido encarcerado, encurralado, amordaçado...

Tentativas frustradas de minha libertação me levam a crer que não existe saída

Pode ser que um dia existiu

Porém acho que foram desfeitas uma a uma pelos grandes vilões:

A mentira e a verdade

A mentira por me iludir e a verdade por destruir a ilusão.

Ainda arde, como pele em brasa, o ultimo golpe aplicado

O que me mantém vivo é a esperança de fechar os olhos e quando reabri-los

Ver que foi só um momento de quase loucura

Tenho esperança de que chegue um resgate

Mas como ser encontrado em meio ao meu grande vazio?

O vazio é apavorante...

Se pelo menos eu conseguisse ver algo, alguém...

Vejo apenas escuro, mais nada...

Nenhum comentário: